terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Esporte que mistura surfe com remo promete ser o hit do verão



Híbrido de surfe com remo, o stand up paddle, ou SUP, é um esporte disfarçado de lazer

A pessoa fica em pé sobre uma prancha e rema, rema, rema. Simples assim. Simples e divertido, mas também trabalha braços, pernas, abdome e pode queimar até 360 calorias por hora.
 O esporte pode ser feito no mar, em lagoas, rios ou represas. Especialmente nos locais sem onda e em dias sem vento, qualquer um pode se aventurar, independentemente da idade e do grau de condicionamento físico.

Uma aula é suficiente para conhecer as técnicas básicas do esporte, como remar inclinando o corpo para frente e tirar o remo da água antes de ele ultrapassar a linha do quadril, para não forçar a coluna lombar.

"Não é para ficar parado em cima da prancha. Se a pessoa ficar dura demais, vai ter dor nas costas, nos ombros e no pescoço", avisa Luciana Meneghello, fisioterapeuta especialista em coluna.

Antes ou depois dessa atividade, Meneghello aconselha alongamentos de glúteos, tronco e braços.

Fazer um bom trabalho de fortalecimento muscular contribui para o desenvolvimento de uma remada eficiente e para diminuir risco de lesões.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Inbody 230



Para estarmos em boa forma, não basta controlar o peso ou o Índice de Massa Corporal (IMC). Precisamos conhecer e controlar a nossa composição corporal.

O nosso corpo é composto por água, proteínas, minerais e gordura. A nossa saúde depende do equilíbrio correto entres estes componentes.

O sistema InBody 230  utiliza a mais avançada tecnologia de bioimpedância, capaz de aliar precisão, simplicidade e rapidez, fornecendo uma informação completa sobre a nossa condição atual e uma orientação sobre a composição corporal ideal.
 

O InBody fornece uma análise de composição corporal fácil e confiável que permite avaliar a condição do corpo.  
Na procura da dieta mais adequada ou do melhor programa de exercício físico, o InBody permitirá rastrear as alterações que estão a ocorrer no corpo como resultado do tratamento.

InBody230 - Gestor de Saúde Útil

- Para monitorizar rapidamente a composição corporal
Com a forma do gráfico do peso / massa muscular / massa de gordura corporal pode verificarfacilmente
 o estado da composição e forma corporal.

- Para obter o exato diagnóstico de obesidade
A análise do peso e da percentagem de gordura  permite distinguir claramenteas pessoas com excesso de peso.

- Para avaliar o equilíbrio corporal de cada segmento
A análise segmentar da massa muscular e o peso permitem avaliar o equilíbrio corporal.

- Para controlar a gordura corporal e ver o efeito do tratamento
Pode controlar a massa gorda segmentar e verificar se o tratamento está correto.

Você conhece o exame de Bioimpedância?

Exame de Bioimpedância:

É realizado por uma equipe qualificada composta por nutricionistas através do equipamento InBody 230.  É um exame não invasivo, indolor, confiável e não requer preparo. Com duração de 30 segundos e impressão imediata dos resultados.

Através deste exame se obtém precisamente as seguintes informações:

- Peso, Massa de Músculo Esquelético, Massa de Gordura Corporal;
- Água Corporal Total, Massa Livre de Gordura; IMC
- Percentual de Gordura Corporal, Relação Cintura-Quadril;
- Taxa de Metabolismo Basal, Controle de Gordura, Controle de Músculo;
- Análise Segmentada de Massa Magra (quatro membros e tronco);
- Orientação para a gestão do peso;
- Sugestões para prescrição de exercícios.




Relatório de diagnóstico populacional:

Com base nos resultados do exame de bioimpedância, é diagnosticado o estado nutricional dos participantes correlacionados com acometimento de doenças crônicas não transmissíveis e grupo de risco. Descritos em gráficos e tabelas comparados com índices do Ministério da Saúde.
 


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Composição Corporal



Quando enfocamos a qualidade de vida e o despenho motor de um indivíduo, uma indicação do estado de saúde é a Composição Corporal (CC). Esta avaliação tem auxiliado no diagnóstico e mesmo na elaboração de intervenções nutricionais, bem como em programas de atividades físicas. Estabelecer um método de avaliação da Composição Corporal constitui um mecanismo importante para que haja um controle e um balanceamento entre alimentação e atividade física.

Reduzir a quantidade de gordura e/ou aumentar a quantidade de massa muscular estão entre os anseios de grande parte dos praticantes de exercícios físicos. Esta preocupação pode ser notada não somente do ponto de vista estético, mas também de qualidade de vida dos indivíduos, já que a obesidade está associada a um grande número de doenças crônico-degenerativas.

Observando tal relação entre quantidade de gordura corporal e estado de saúde, verifica-se a necessidade de utilização de métodos que possam avaliar com validade a quantidade deste componente em relação à massa corporal total.

A avaliação da composição corporal tem vários objetivos, justificam-se entre eles:
  • O fator de que níveis altos ou excessivamente baixos de gordura possam ser prejudiciais a saúde;
  •  A melhora no desempenho e na saúde dos atletas, onde poderão ser estabelecidos pesos ótimos para os mesmos;
  • Também para formular as diretrizes dietéticas e prescrição dos exercícios com finalidade de modificar a composição corporal e avaliar sua eficácia;
  • Monitorar as mudanças na composição corporal que ocorrem com o crescimento, maturação e envelhecimento a fim de distinguir modificações normais dos estados patológicos;


Papel da atividade física no combate à obesidade



Texto escrito para o boletim do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio Libanês
Por Wagner Silva Dantas
A transmissão familiar da obesidade é bastante conhecida. No entanto, membros de uma mesma família estão expostos a hábitos culturais e dietéticos que influenciam individualmente no ganho de peso. Isto evidencia que, além da herança genética, o fator ambiental desempenha um papel importante no desenvolvimento
da obesidade. Desse modo, orientações clínicas interdisciplinares, incluindo o exercício físico individualizado, tornam-se uma importante estratégia para o tratamento, controle e acompanhamento de problemas que normalmente decorrem da doença. Um estilo de vida sedentário promove o acúmulo de gordura corporal. A atividade física, em contrapartida, resulta em peso e composição corporal saudáveis em virtude de um aumento no gasto diário total de energia, por causa do custo calórico direto da sessão de atividade física e da elevação do dispêndio energético após esse período de atividade. Ao término de uma sessão de exercícios, o consumo de oxigênio e, portanto, a taxa metabólica, se mantêm elevados, acima do nível de repouso, o que é chamado de consumo de oxigênio pós-exercício excessivo. Do ponto de vista prático, a intensidade e a duração de uma única sessão de atividade física poderiam produzir um aumento na taxa metabólica pós-exercício de aproximadamente 10 a 50 kcal, acelerando a redução do peso corporal. O tipo de atividade física envolvida produz determinados benefícios nos diversos componentes metabólicos do paciente
obeso:

  • Os exercícios aeróbios (por exemplo, a caminhada) aumentam o transporte de oxigênio para os músculos exercitados que, por sua vez, promovem maior utilização dos estoques de gordura como fonte energética. Isso facilitaria a redução da quantidade de massa corporal constituída de gordura, diminuindo
    assim o peso corporal.

  • Os exercícios aeróbios estão associados a reduções significativas na quantidade de gordura da região abdominal. Se praticados regularmente, essa redução é capaz de diminuir os valores de pressão arterial e aumentar a sensibilidade à ação da insulina no tecido adiposo, muscular e hepático dos pacientes obesos.

  • O aumento da capacidade cardiopulmonar reduz o risco demorbidade e mortalidade precoce por doenças cardiovasculares.

  • Os exercícios aeróbios melhoram o perfil lípidico a partir de mudanças na atividade de uma enzima conhecida como lipase lipoproteica, responsável por reduzir a molécula de gordura em partes menores para a produção de energia no sistema músculo-esquelético.

  • Embora quando aplicado de forma isolada possa apresentar uma modesta contribuição na redução da gordura corporal, o exercício resistido (como a musculação) contribui para o aumento do gasto calórico diário, por intermédio do próprio custo energético da execução desse exercício.

  • Tanto o exercício aeróbio quanto o resistido aumentam o calibre dos vasos sanguíneos do músculo esquelético em pacientes obesos e, consequentemente, melhoram a distribuição do fluxo sanguíneo, diminuindo, portanto, o risco de acidentes cardiovasculares.

O NOTA (Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio Libanês)  conta com uma equipe multidisciplinar altamente qualificada capaz de orientar o paciente obeso também nas questões relacionadas à atividade física.

Exercício Físico e Câncer de Prostáta




O câncer de próstata é a neoplasia do homem de terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo acometem indivíduos acima dos 65 anos. Uma das possibilidades para o aumento da incidência - 141% entre 1979 e 2000 - é um rastreio mais eficiente pelo uso cada vez mais freqüente da medida do antígeno prostático específico (PSA). Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCa)(1), essa neoplasia é a sexta causa mais freqüente de novos casos em todo o mundo e a terceira entre as neoplasias que acometem os homens. No Brasil, em 2003, representou a segunda maior taxa de mortalidade, ultrapassada apenas pelo câncer de pulmão, que persiste como a principal causa de mortalidade por neoplasia. Apesar dos números, a mortalidade por esse tipo de câncer pode ser considerada relativamente baixa, especialmente quando o diagnóstico é precoce, o que mostra, em parte, seu bom prognóstico, com sobrevida média mundial em cinco anos estimada em 58%. Segundo algumas pesquisas, dieta rica em gordura animal, carne vermelha e obesidade representam fatores de risco para a mortalidade por câncer de próstata.
Hoje em dia há o consenso de que o exercício físico regular deve ser uma das ferramentas na prevenção primária e secundária de uma série de doenças, estando bem estabelecido seu papel no tratamento das doenças cardiovasculares. No entanto um estudo clássico publicado por Myers et al.(2) demonstrou que com uma melhora na condição aeróbica do indivíduo da ordem de 1 MET (sigla para equivalente metabólico, representa o gasto energético na posição de repouso em função do peso corporal) é possível diminuir em cerca de 12% a mortalidade em cinco anos por todas as causas. Nesse contexto, acredita-se que o exercício físico regular tenha papel relevante tanto na prevenção como no tratamento de alguns tipos de câncer. Em alguns casos isso já está bem estabelecido, como no câncer de mama, no qual estudos epidemiológicos observaram, repetidamente, redução no risco relacionado com níveis aumentados de atividade física(3). Enquanto diversas pesquisas foram realizadas na tentativa de conhecer os principais fatores de risco para o câncer de próstata, e, além disso, determinar quais deles são modificáveis, apenas há pouco tempo o papel do exercício físico regular foi estudado. Dados recentes contribuem para sugerir que o exercício físico age de modo protetor, reduzindo o risco de aparecimento do câncer de próstata. Por exemplo, pesquisadores da Universidade de Stanford, nos EUA, listaram em documento recente(4) os mecanismos pelos quais o exercício físico afetaria o aparecimento do câncer de próstata:
  • alterações hormonais: como o câncer de próstata é hormônio-sensível e os androgênios estariam envolvidos como fatores de crescimento para a doença, uma forma de combatê-la seria bloqueando ou inibindo a atuação desses hormônios. Nesse caso o papel do exercício físico seria atuar reduzindo os níveis de testosterona;
  • fortalecimento do sistema imunológico: estudos mostraram que pode ocorrer melhora no sistema imunológico mediada pelo exercício físico, com aumento do número e da capacidade das chamadas natural killer cells, mudanças adicionais em macrófagos e citocinas;
  • prevenção da obesidade: tem sido proposto que um aumento na gordura corporal pode contribuir para maior risco de câncer de próstata pelo fato de a gordura servir como depósito para potenciais carcinógenos, além de diminuir os níveis de proteínas séricas que se ligam à testosterona, reduzindo os seus níveis circulantes. A função do exercício seria atuar indiretamente, combatendo a obesidade;
  • geração de espécies reativas de oxigênio (EROs): o exercício agudo pode promover o aparecimento de radicais livres, porém o exercício físico regular induz a produção de enzimas que protegem contra o estresse oxidativo, como, por exemplo, a superóxido dismutase.
 Além da importância que vem sendo reconhecida na prevenção do aparecimento e no combate aos fatores de risco para desenvolvimento do câncer de próstata, o exercício físico atua também melhorando a qualidade de vida dos portadores da doença e combatendo alguns efeitos colaterais do tratamento. Monga et al.(5) demonstraram que o exercício melhorou a qualidade de vida e diminuiu a fadiga de pacientes portadores de câncer de próstata que estavam sendo tratados com radioterapia. Segundo a pesquisa, o grupo submetido ao programa de exercícios apresentou, além da prevenção à fadiga, melhora na flexibilidade, na condição aeróbica, na força muscular e na qualidade de vida como um todo.
Além disso, outros pesquisadores já haviam demonstrado que o exercício físico previne a perda mineral óssea causada por efeito do tratamento com deprivação hormonal androgênica(6). No sentido de estabelecer a função e a prescrição mais apropriada da atividade física, definitivamente, no combate e no tratamento do câncer de próstata, pesquisas estão sendo realizadas com desenhos mais controlados, no sentido de refinar os modelos biológicos já existentes e, assim, incluir a redução do câncer de próstata na já enorme lista dos benefícios do exercício físico.
Bibliografia recomendada 
1. INCA - Instituto Nacional de Câncer. Disponível em:<http://www.inca.gov.br/estimativa/2008/index. asp link=conteudo_view.asp&ID=5>. Acesso em: jul 2008.
 2. Myers J, Prakash M, Froelicher V, Partington S, Atwood E. Exercise capacity and mortality among men referred for exercise testing. N Engl J Med 2002; 346(11): 793-801.
 3. Gammon MD, John EM, Britton JA. Recreational and occupational physical activities and risk of breast cancer. Journal of the National Cancer Institute 1998; 90(2): 100-16.
 4. Torti DC, Matheson GO. Exercise and prostate cancer. Sports Medicine 2004; 34(6): 363-9.
5. Monga U, Garber SL, Thornby, et al. Exercise prevents fatigue and improves quality of life in prostate cancer patients undergoing radiotherapy. Arch Phys Med Rehabil 2007; 88: 1416-22.
 6. Segal R, Reid R, Courneya K, et al. Resistance exercise in men receiving androgen deprivation therapy for prostate cancer. J Clin Oncol 2003; 21(9): 1653-9.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Lipoaspiração sem exercícios pode ser perigosa

 
 


Gordura visceral

A realização da lipoaspiração não acompanhada de atividade física regular no pós-operatório pode acarretar um aumento significativo da gordura visceral, localizada na região entre os órgãos.

Essa gordura é extremamente danosa para a saúde por estar associada ao aumento do risco cardiovascular.

Os exercícios físicos inibem o aumento dessa gordura entre os órgãos - veja Gordura abdominal interna é a mais perigosa para doenças do coração.

A conclusão é de um estudo realizado na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da Universidade de São Paulo (USP).

Treinadas e sedentárias

A pesquisadora Fabiana Braga Benatti recrutou 36 mulheres com Índice de Massa Corporal (IMC) abaixo de 30, que fariam lipoaspiração na região abdominal, para participar da pesquisa.

O IMC é calculado a partir do peso da pessoa em quilogramas, dividido pela sua altura em metros elevada ao quadrado.

O grupo foi igualmente dividido em "mulheres treinadas" e "mulheres sedentárias".

Dois meses depois da cirurgia, o primeiro grupo foi submetido à uma série de exercícios de força e aeróbicos, por três vezes semanais, durante quatro meses, enquanto o segundo grupo permaneceu sem fazer atividades físicas regulares.

Uma bateria de exames foi feita antes e depois do processo e serviu de base para toda a pesquisa.

Aumento de gordura sem perceber

No grupo das mulheres sedentárias, o ganho da massa visceral chegou a 10%.

O fato não foi percebido pelas pacientes, pois o aumento desta gordura interna do corpo dificilmente é identificado no dia-a-dia, já que não representa grandes proporções em termos visuais.

Isso aumenta a importância do estudo, já que dificilmente estes dados seriam alcançados a não ser por um acompanhamento detalhado durante o pós-operatório.

Já no grupo de mulheres treinadas não houve aumento da gordura visceral. O treinamento físico preveniu este aumento.

Uma possível explicação para isso é o fato deste tipo de gordura ser metabolicamente ativo e mais responsivo ao aumento das concentrações de adrenalina que ocorrem durante o exercício físico.

Além disso, o treinamento físico preservou o gasto energético das mulheres treinadas, o que pode ter contribuído para seus efeitos benéficos observados.

Lipoaspiração não é para perder peso

O peso perdido na cirurgia de lipoaspiração foi recuperado em ambos os grupos.

"A cirurgia não tem como objetivo a redução de peso, que diminui em média 1%. A pretensão da lipoaspiração é retirar a gordura localizada e modelar o corpo do paciente", diz Fabiana.

No caso das mulheres sedentárias, contudo, o peso retornou possivelmente pelo novo ganho de massa gorda, favorecida pelo estilo de vida levado. O metabolismo se esforça para manter uma constante e isso inclui o peso.

Perda de massa gorda

A diminuição do gasto energético durante dietas restritivas normalmente é atribuída à perda de massa magra.

"Como não se percebeu perda de massa magra durante o estudo, este resultado foi considerado inesperado. "Acreditamos que tenha a ver com a perda de massa gorda", diz Fabiana.

A retirada de massa gorda ocasiona, ainda, a queda nos níveis do hormônio adiponectina, que tem efeito benéfico no corpo. Ele regula a sensibilidade da insulina que, quando alterada, pode gerar uma série de consequências danosas para o corpo, a mais conhecida delas sendo a diabetes.

Puramente estético

Ao contrabalancear os efeitos da lipoaspiração, Fabiana diz que o que deve ser feito é um esclarecimento sobre os efeitos colaterais causados pela cirurgia.

"Metabolicamente falando, não vimos nada de benéfico na cirurgia. Ela é um procedimento puramente estético", conclui.

O aumento da gordura visceral e dos riscos que isso traz podem ser evitados, mas para isso é preciso atentar e esclarecer, tanto para médicos quanto para pacientes, a real necessidade de fixação de uma série de exercícios na rotina do pós-operatório.
 
 

Musculação melhora qualidade de vida na terceira idade




Já foi o tempo em que o  termo   musculação   se referia à  prática de  exercícios  para obter  um corpo
escultural, digno de concursos como “Mister Universo”. Há alguns anos os profissionais de saúde e de educação física vêm desenvolvendo um amplo trabalho de conscientização dos benefícios da prática de musculação em todas as idades, inclusive com os adultos da terceira idade, para os quais a musculação traz enormes benefícios e melhora a qualidade de vida.

Pesquisas mais recentes demonstraram que o treinamento com exercícios resistidos têm profundo efeito sobre o sistema músculo-esquelético, contribuindo para a manutenção das atividades funcionais. Além disso, o treino com pesos previne osteoporose, sarcopenia, dores lombares e outras situações patológicas. O exercício físico bem orientado influi positivamente em fatores fisiológicos como o metabolismo basal, metabolismo da glicose, pressão arterial, gordura corporal e tempo de trânsito gastrointestinal, que estão associados com diabetes, doenças do coração e câncer

Mas como os idosos devem praticar musculação? Em primeiro lugar, é fundamental procurar um profissional habilitado e, de preferência, que tenha uma especialização em treinamento resistido para o envelhecimento. Já há no País algumas academias especializadas em musculação para idosos, com pessoal qualificado e equipamentos desenvolvidos especialmente para garantir a segurança das articulações de adultos idosos.

Um programa regular de exercícios físicos deve possuir pelo menos três componentes: exercício de força muscular, aeróbico e flexibilidade. Naturalmente, de acordo com a condição clínica e os objetivos de cada pessoa, o profissional de educação física vai compor o programa mais adequado, equilibrando estes três componentes. Por este motivo, é fundamental que o treino seja precedido de avaliação médica criteriosa, por geriatras ou médicos habilitados, para definição objetiva de eventuais restrições e a prescrição correta de exercícios.

Exercícios de sobrecarga muscular e flexibilidade são mais importantes a partir dos 40 anos de idade. Devem ser realizados de duas a três vezes por semana, contemplando os principais grupos musculares. Em academias com equipamento desenvolvido para a musculação de idosos, os exercícios proporcionam a máxima ativação dos músculos com mínima sobrecarga das articulações.
Pessoas de meia idade e idosos em treinamento aeróbico conseguem aumentar o VO2 máximo em até 16% quando a freqüência mínima é de três vezes por semana, com intensidade moderada e duração mínima de 16 semanas. Os benefícios do treinamento aeróbico incluem menor freqüência cardíaca no repouso, menor elevação da pressão arterial durante esforços físicos, redução dos triglicerídeos, aumento do HDL, redução da rigidez das grandes artérias, melhora da função endotelial, melhora do barorreflexo e maior tônus vagal.

EXERCÍCIOS RESISTIDOS

Pessoas de meia idade e idosos em treinamento resistido aumentam a força muscular com variação de 25 a 100% ou mais. O treinamento resistido com intensidade moderada ou alta aumenta a massa muscular entre 10 e 62% em idosos e reduz a gordura corporal. A massa óssea tende a aumentar na musculação proporcionalmente ao aumento da força muscular, embora com muita variação individual.
Ao readquirir a força muscular, as pessoas idosas também readquirem a independência de alguns movimentos, reduzem o risco de quedas e, conseqüentemente, melhoram sua qualidade de vida. Além do treinamento resistido, a musculação para a terceira idade pode incluir exercícios específicos para equilíbrio e de flexibilidade, que são fatores importantes para as tarefas da vida diária.

Fonte:  Segs.com.br