Será que minha empresa está doente?
Burnout, o que é?
A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo), é também chamada de síndrome do esgotamento profissional. Definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e desgastante ou estressante com o trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixem de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil. Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout está a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe. A dedicação exagerada à atividade profissional, o desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho são características marcantes de Burnout. O portador de Burnout mede a auto-estima pela capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem início com satisfação e prazer, termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estágio, necessidade de se afirmar, o desejo de realização profissional se transforma em obstinação e compulsão.
Estágios de Burnout:
· Necessidade de se afirmar
· Dedicação intensificada – com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho;
· Descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos, perdem o sentido;
· Recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema.
· Reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho;
· Negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
· Recolhimento;
· Mudanças evidentes de comportamento;
· Despersonalização;
· Vazio interior;
· Depressão
· E, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência.
Sintomas
Os sintomas são variados: fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, muita falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, problemas digestivos. Segundo estudos, parte dos pacientes com depressão são diagnosticados com a síndrome do esgotamento profissional. Burnout é geralmente desenvolvida como resultado de um período de esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para recuperação.
Ah, meu vizinho pode ter, eu não. Será?
Médicos, psicólogos, carcereiros, assistentes sociais, professores, atendentes, enfermeiros, funcionários de departamento pessoal, telemarketing, bombeiros, taxistas, bancários, controladores de tráfego aéreo, engenheiros, músicos e artistas parecem ter mais tendência ao burnout do que outros profissionais. Os médicos parecem ter a proporção mais elevada de casos de burnout. Esta síndrome foi observada em profissões predominantemente relacionadas a um contato interpessoal mais exigente. Hoje, entretanto, as observações já se estendem a todos profissionais que interagem de forma ativa com pessoas, que cuidam ou solucionam problemas de outras pessoas, que obedecem técnicas e métodos mais exigentes, fazendo parte de organizações de trabalho submetidas à avaliações.
Previna-se
A melhor maneira de lidar com o burnout ainda é a prevenção. Ainda que pareça fora de controle – afinal, a pessoa não tem autonomia total para determinar o nível de estresse em sua rotina –, é possível tomar algumas medidas simples para evitar a doença e viver melhor. Dormir bem, cultivar um estilo de vida saudável, praticar exercícios físicos regularmente e lidar com situações difíceis sem se desgastar são ações que ajudam. Saber reconhecer, respeitar e impor os próprios limites também é essencial. A empresa pode desempenhar um papel importante no combate à doença, fazendo palestras de concientização, icentivar o estilo de vida saudável ou até mesmo implementar a
Ginástica Laboral na empresa. Tudo isso pode prevenir esse tipo de doença que pode até causar a morte. Cuide-se, pois a maior falta não será na sua empresa, e sim na sua casa.
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