terça-feira, 27 de março de 2012

Disfunções da Imagem Corporal: Vigorexia e Anorexia




A anorexia é um distúrbio da imagem corporal, e atinge, freqüentemente, adolescentes do sexo feminino. Para alguns estudiosos da psicomotricidade este problema pode ter sua causa nas relações com a mãe, com o alimento, com o pai, com a feminilidade imaginária e a inexperiência com os meninos. O crescimento pubertário, o desenvolvimento dos seios, muitas vezes desproporcional ao tamanho do corpo e a menarca, significam para a adolescente, consciente ou inconscientemente, sua possível fecundidade e a idéia, inconsciente, de engravidar é insuportável fazendo com que seja uma obsessão o desejo, consciente, de ficar magra. Essa teoria pode parecer mais uma viagem de um psicomotricista, mas não deixa de ser relevante para quem quer atuar com a psicomotricidade ou para quem é educador físico. Além disso, acredita-se, também, que a sua causa possui raízes nas exigências da sociedade consumista em que vivemos, onde uma jovem vaidosa acredita que para ser aceita em determinado meio social ela precisa ser magra e sempre se vê como uma pessoa obesa. Para nós, psicomotricistas, isso, ainda tem haver com um Édipo mal sucedido, mas... Também há as atletas, muitas delas da ginástica (G.O. ou GRD), que são tão obcecadas que não entendem que os músculos pesam muito mais que gordura e acreditam estar gordas, então fazem dietas malucas para perderem peso e nós profissionais de Ed. Física sabemos muito bem que não há como treinar pesado sem uma alimentação adequada, apesar de serem orientadas, algumas se utilizam de medicamentos ou recorrem ao vômito induzido, bulimia, que é um dos caminhos até a anorexia.
Já a vigorexia é mais comum no público masculino e esta psicopatologia é tão recente que acaba passando despercebida entre nós, profissionais de Ed. Física. Ela se caracteriza pela prática excessiva de exercícios em busca de um corpo forte, grande, perfeito. Os portadores desta disfunção de imagem do corpo, geralmente, já têm o seu corpo bem robusto, musculoso, e mesmo assim, se vêm como pessoas magras e fracas, então se tornam tão obsessivos pelos treinamentos de hipertrofia que acabam consumindo esteróides e modificando radicalmente sua dieta.
Sua causa, assim como a anorexia está ligada a aspectos sócio-emocionais, geralmente, os portadores destes transtornos têm insegurança social ocasionada por complexos criados durante a construção de sua imagem corporal, durante a construção da sua personalidade, tornando-os indivíduos introvertidos, por isso após a maturação sexual estes indivíduos passam a acreditar, inconscientemente, que com um corpo “perfeito”, esta insegurança social seria resolvida.
A vigorexia apresenta mais comportamentos obsessivos do que a anorexia, como olhar-se no espelho constantemente, observando e medindo os músculos do corpo e sem perceber o vigoréxico, torna-se extremamente narcisista. Estas doenças são acompanhadas de ansiedade, depressão, fobias, comportamentos compulsivos e repetitivos.
No vigoréxico pode haver falta de agilidade, além de problemas nos ossos e articulações, encurtamento de músculos e tendões, além da desproporção corporal que compromete a estética.
Tanto a Anorexia quanto a Vigorexia promovem a distorção da imagem corporal: os anoréxicos sempre se acham obesos, os vigoréxicos sempre se acham magros, pouco musculosos. Ambas podem ser consideradas como "patologias do narcisismo" e podem ser tratadas.
Através da Psicomotricidade Relacional é possível prevenir ou remediar as disfunções da imagem do corpo devido à estimulação, constante, nas trocas afetivas, as vivências podem trazer a tona fantasmas corporais surgidos desde a fase intra-uterina.
Nós, enquanto, profissionais de Ed. Física, temos um papel fundamental na recuperação dos portadores destes transtornos, pois, geralmente, somos admirados por eles, por nosso conhecimento teórico e prático sobre o corpo, por termos o corpo “perfeito” ou por tantas pessoas gostarem de nós. Por isso, toda atenção é pouca, em especial na adolescência. 


terça-feira, 20 de março de 2012

Hábitos saudáveis tornam idosos mais felizes


Investir em hábitos saudáveis na juventude garante uma saúde mais equilibrada na velhice.
As mulheres vivem mais do que os homens, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por viverem cerca de oito anos a mais, elas também podem sofrer com doenças e agravos relacionados ao processo do envelhecimento. A coordenadora de Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Luiza Machado, explica que investir em hábitos saudáveis na juventude garante uma saúde mais equilibrada na velhice.

O “segredo”, segundo ela, é se manter sempre ativa, com hábitos saudáveis de vida, como alimentação saudável e rica em cálcio, além de atividade física, que ajuda na prevenção de doenças como a osteoporose (diminuição da massa óssea). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 13% a 18% das mulheres e de 3% a 6% dos homens com mais de 50 anos têm osteoporose em todo o mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde aposta em ações de prevenção à doença desde a infância para a garantia de uma “poupança óssea”.

“É preciso estimular uma dieta mais saudável – rica em verduras, legumes e frutas, além de aumentar o consumo de leite e derivados, alimentos com alto índice de cálcio – e diminuir o consumo de refrigerantes”, alerta Luiza Machado. Outras fontes de cálcio são os vegetais de cor verde escuro, peixes, castanhas e nozes. “Temos também que motivar as crianças e jovens a saírem da frente do computador e da televisão, andar ao ar livre, praticar atividades físicas, fazer algum tipo de esporte”, acrescenta a coordenadora.
Luiza Machado também lembra que a exposição ao sol, de 15 a 20 minutos até 10h e depois das 16h também é um hábito importante para a prevenção da osteoporose, pois o sol é responsável pela formação da vitamina D no organismo, o que contribui para a fixação do cálcio.